Travessias CAU/SP + 13BIA + Ceda el paso

Premio de participación: Premio Publicaciones
Categoría de participación: Libros Impresos
País de representación: Brasil
   Autores: 
Arq. Ricardo Luis Silva
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Srta. Jéssica de Souza Andrade
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Arq. Amanda Rosin de Oliveira
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Arq. Fernanda de Macedo Haddad
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Arq. Fernanda Simon Cardoso
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Arq. Gabriela Katie Silva Morita
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Arq. Maria Stella Tedesco Bertaso
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Arq. Renata Ballone
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Arq. Samira Rodrigues Batista
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Arq. Thais Borges
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Arq. Eduardo Pimentel Pizarro
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Arq. Catherine Otondo
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Arq. Poliana Risso
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Srta. Carolina Piai Vieira
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Arq. Larissa Francez Zarpelon
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Arq. Louise Lenate Ferreira da Silva
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Arq. Luciene Gomes
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Arq. Pedro Cardoso Smith
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Sr. Pedro Vinícius Alves
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Srta. Raíssa Albano de Oliveira
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Arq. Sabrina Fontenele
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Sr. Thiago Sousa Silva
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Arq. Viviane de Andrade Sá
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Arq. André Eiji Sato
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Arq. Débora Sanches
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Sr. Eric Filipe Morais Silva
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Srta. Luciana Aparecida dos Santos
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Arq. Marcele Piotto
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Arq. Maria Cecília Lucchese
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Arq. Penha Arantes Ceribelli Pacca
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Sr. Wellington Neri da Silva

Memoria

Caminhar, ato banal, quase inconsciente, é uma das ações humanas mais primitivas e essenciais à própria existência do ser e sua formação civilizatória. Caminhar é verbo intransitivo, é um pensamento prático, ato de resistência, reflexão espiritual, aproximação ao desejado, exercício físico, é instrumento de leitura e escritura, do tempo e do espaço, é um movimento ativo, é humano. Errare humanum est. É a primeira forma que o Homem dispõe para habitar e construir a paisagem. Habitar a Cidade caminhando. Caminhar é meio, ferramenta, conceito e narrativa. Por isso, o caminhar é pressuposto e condição nas travessias apresentadas neste livreto. Durante junho de 2022 ocorreram, como parte da programação da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, quatro Travessias por diversas partes da cidade de São Paulo, amparadas conceitualmente pelo próprio tema do evento. A proposta que nasce de reflexões sobre o movimento dos corpos nos territórios, suas permanências ou impermanências – atenta ao fato de que, tanto corpos quanto territórios, jamais permanecem os mesmos depois de serem atravessados. O convite a caminhar foi aberto a quem estivesse interessado em experimentar tais territórios seguindo os disparadores fundamentais de cada percurso: morar e resistir, pelo centro de São Paulo; várzeas plurais na região do bairro do Canindé; patrimônios de apagamento nos bairros da Liberdade e Cambuci; temporalidades, marcada por uma grande travessia cruzando a metrópole em direção ao extremo sul, para o bairro do Bororé. Portanto, as travessias, quando realizadas coletivamente, representam o compartilhamento das experiências, dos tempos, das memórias e das tantas narrativas possíveis numa metrópole tão complexa, desigual e desafiadora como São Paulo. Tais percursos foram idealizados e planejados coletivamente pelo grupo formado por membros da curadoria da 13°Bienal Internacional de Arquitetura, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo CAU/SP e do Estúdio Ceda el passo, que converteram em experiências compartilhadas e registradas por mais de 100 caminhantes, em cerca de 58km atravessados. Todo o material foi compilado e editado nesse livreto, apresentando uma síntese de cada travessia, juntamente com os interlocutores que contribuíram para o aprofundamento das experiências vividas durante o caminhar. A fim de consolidar os temas propostos, esse livreto é um documento, como um relato de bordo, que além de convidar o leitor a experimentar a Cidade, converge intenções fundamentais que movem as 3 entidades responsáveis por esse material. O CAU, alinhado pelo seu planejamento estratégico no eixo de CAU10+, ativa sua sede localizada no centro histórico de São Paulo, a partir das caminhadas que dali partiram, tencionando a função social e o exercício ético e qualificado da profissão. A curadoria da Bienal, a partir da proposta das travessias, expressa as inquietudes e desafios no território e no evento. O Estúdio Ceda el passo, com a provocação de que “caminhar é preciso”, executou os percursos enaltecendo essa ação como um ato transformador.

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